O que é o guia de estilo de tradução? Aprenda tudo sobre ele aqui!
Para manter a facilidade durante todo o ciclo de conteúdo, aprendizagem de inglês ou mesmo para minimizar a dor de cabeça de ter de adivinhar regras da ortografia e gramática é preciso criar um guia de estilo de tradução.
Essa ferramenta também ajuda a lidar com regras que vão além da ortografia e gramática da língua inglesa, como uso ou não de itálicos em títulos, bem como questões ligadas ao tom e a estrutura de um texto.
A seguir, você vai encontrar tudo o que precisa saber sobre o guia de estilo de tradução!
O que é o guia de estilo de tradução?
Como o nome sugere, um guia de estilo de tradução é um manual que inclui instruções e direções para o estilo particular do cliente, bem como normas gramaticais e lexicais para a língua-alvo.
Está incluído nos materiais de referência que os clientes dão às empresas de tradução ou tradutores, juntamente com o glossário.
O material de referência deve ser lido antes de iniciar uma tradução, como o nome sugere, a fim de se familiarizar melhor com a utilização e regras do cliente e de as aplicar corretamente na tradução.
Diferenças entre o guia de estilo de tradução e o glossário
Guia de estilo de tradução
A identidade visual de uma marca (incluindo o seu logotipo, tipo de letra, cores, fotografias, e muito mais) é apresentada num guia de estilo, que serve como um conjunto de diretrizes para todos estes elementos.
Quando a identidade visual da marca de uma empresa é representada de forma inconsistente, os clientes ficam confusos; quando existe um guia de estilo, contudo, a empresa é capaz de falar a uma só voz em todos os departamentos e meios.
A compreensão do objetivo da empresa, público alvo, personalidade, e crenças básicas é crucial se quiser desenvolver o seu próprio guia de estilo.
Juntos, estes componentes formam a espinha dorsal de qualquer marca de sucesso, servindo como padrão em relação ao qual os futuros designs podem ser medidos.
Glossário de Tradução
Em contraste, os termos são padronizados no Glossário. O termo “empregado”, por exemplo, é considerado simples para quem está familiarizado com a língua inglesa, mas como tem várias possibilidades de tradução, é uma palavra interessante a ser acrescentada a um glossário de acordo com a preferência do cliente e a terminologia mais comumente utilizada na empresa.
Antes de criar o glossário, a agência estudará os documentos de origem, identificará termos-chave e proporá uma tradução para revisão e aprovação do cliente. A partir daí, o cliente assume um papel ativo, fornecendo feedback sobre as traduções fornecidas ou sugerindo alternativas.
Como bónus adicional, os glossários podem ser integrados com o software de tradução, solicitando verificações automáticas pelos tradutores sempre que um termo do glossário apareça no texto-fonte. A ferramenta assinala as preferências terminológicas, para que os tradutores não tenham de “memorizar” as preferências de cada cliente.
Regras do guia de estilo
Hoje, quero falar sobre alguns regulamentos significativos que estão incluídos na maioria dos guias de estilo desde que descobri que muitos tradutores não estão conscientes de vários princípios comuns nestes guias.
Uso de letras maiúsculas/minúsculas
Existe uma diferença notável entre as práticas de capitalização do inglês e do português. Apenas substantivos próprios, tais como nomes de pessoas ou lugares, devem começar com uma letra maiúscula em português. Apenas a primeira letra da primeira palavra de uma frase ou título é maiúscula. O mesmo se aplica aos avisos e menus do software (excepto nas traduções para Windows, que não devem ser utilizados como modelo para outros clientes).
Os trabalhos não são nomeados com uma letra maiúscula no início.
Aliás, as palavras: Nota, Atenção, Advertência, etc, devem ser maiúsculas quando utilizadas após dois pontos (:).
Pontuação
Quando comparado com o português, que raramente usa pontuação como traço (-), o inglês mostra uma marcada preferência pelo emprego deste símbolo. Tipicamente, será usado em seu lugar (:) ou vírgula (,).
Só usar aspas (‘) dentro de uma declaração que já contenha aspas (por exemplo, “Prima ‘Guardar’ antes de continuar”).
Evitar a prática normal do inglês de incluir frases inteiras entre parênteses. Na maioria dos casos, omitir as citações entre parênteses fará o truque.
A pontuação em português segue o fecho das aspas, ao contrário do inglês.
Público-alvo
É útil identificar a demografia alvo do conteúdo do cliente ao criar um guia de estilo. Isto torna mais simples decidir se um tom profissional ou informal é apropriado, bem como se é necessário um estilo de escrita mais natural ou técnico.
Números
De zero a dez, cem, e mil são todos escritos completamente. No entanto, manter a notação numérica ao fazê-lo simplificaria a declaração. O numeral deve ser colocado completamente no início de uma frase.
Unidades de medida
Sem inflexão plural, sem período, e um espaço separado do número da unidade de medida abreviada.
As unidades de medida comuns incluem: ºC (grau Celsius), l (litro), min (minuto), h (hora), s (segundo), kg (quilograma), km (quilômetro), pol. (polegada; exceção, pois é seguido por ponto).
Valores monetários
As moedas são frequentemente expressas em símbolos e numerais em comunicações comerciais e financeiras escritas (por exemplo, US$ 100). Além disso, cada moeda possui um código ISO 4217 de três letras que é utilizado na negociação de moedas. O dólar americano é abreviado em USD, enquanto o real brasileiro é abreviado em BRL.
Os nomes das moedas estão escritos em letras minúsculas em inglês: dólar, euro, yen, Brazilian real, peso.
O tipo de comunicação determinará se deve ser utilizado o nome, símbolo ou código da moeda. Para tornar o texto claro, forneça o nome da nação e sua moeda: comparado ao peso argentino, o valor do dólar americano aumentou.
O valor do peso mexicano diminuiu em relação ao dólar. Por questões de espaço, o símbolo de moeda é utilizado em títulos, tabelas, ilustrações e infográficos ao fazer referência ao nome na nota de rodapé. Não há ambiguidade, então use apenas “dollar” em vez de “U.S. dollar”. Ambos os símbolos “$” e “US$” são usados para representar o dólar americano.
Gerúndio
Em inglês, o gerúndio é formado acrescentando “-ing” ao fim de um verbo.
Aliás, acrescentar um “-ing” final a um verbo requer atenção a certas orientações ortográficas.
Verbos
De forma universal, é melhor evitar utilizar futuros verbos tensos na escrita técnica, mesmo que seja assim que a língua inglesa esteja estruturada. Escrever sempre no presente tenso.
Sujeito
Apesar de que seja possível usar o sujeito de uma frase em português, só se deve fazê-lo se o verbo indicar explicitamente a quem se refere. Por exemplo, o pronome “eu” é usado enquanto se diz “eu posso”. A fim de evitar a repetição e melhorar o fluxo do texto, o pronome pode ser preferível nesta situação.
Evite usar pronomes muitas vezes numa frase. Tente mantê-lo o mínimo possível. Use o pronome apenas uma vez, se de todo for possível.
Pronome possessivo
Para alguém que está apenas a começar a aprender a língua, as expressões de pronomes possessivos em inglês não têm necessariamente de ser um desafio. Acontece que os pronomes possessivos, também conhecidos como pronomes adjetivos em inglês, e os adjetivos possessivos podem causar confusão nas nossas mentes.
Uma vez que ambos os pronomes indicam a quem um objeto pertence ou a quem uma pessoa está ligada numa relação de “posse”, pode ser difícil para aqueles de nós que falam português distinguir entre os pronomes adjetivos e os pronomes possessivos.
Mas como vamos descobrir nesta lição, cada um deles em inglês tem um propósito gramatical particular.
Por fim, é muito interessante este artigo sobre o guia de estilo de tradução, não é mesmo?
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