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Quer ser empresário fora do Brasil? Confira os vistos para empreendedores

Por que empreender no exterior?

Se você acha que ter uma empresa no Brasil é complicado, pode ficar tentado a descobrir como funcionam os vistos para empreendedores com destino a terras estrangeiras.

Afinal, faz parte da personalidade de um empreendedor “testar as águas” do mercado e observar até onde seus lucros podem chegar, mesmo que isso demande muita pesquisa e planejamento.

Todos os anos, milhares de donos de empresas emigram do Brasil não apenas em busca de lucro, mas de oportunidades mais recompensadoras de fazer seus negócios prosperarem. Enquanto no Brasil o processo de se tornar empresário pode durar meses, há países em que é possível tornar realidade esse sonho em apenas alguns dias, com o bônus de que o custo pode ser consideravelmente menor.

Neste artigo, você verá como funcionam os vistos para empreender nos países mais procurados pelos brasileiros.

Tenha em mente que, além do visto, você precisará levar em consideração seu domínio do idioma, o custo de vida da cidade em que estará, o mercado em que está pretendendo marcar presença, o comportamento do seu público-alvo e até o clima do local.

São muitos fatores, mas que, se analisados cautelosamente, podem se tornar os grandes responsáveis pelo seu sucesso como empresário fora do país.

Vistos para empreendedores: os países mais procurados

Estados Unidos

O seu objetivo é empreender nos EUA?

Como o Brasil não faz parte dos países que assinaram o Tratado de Comércio com os EUA, essa não é uma tarefa simples e você precisará do auxílio de um advogado especialista em imigração para evitar potenciais desgastes.

Os requisitos básicos são: passaporte, endereço e telefone fixos nos EUA, assim como uma conta em banco americano (com saldo de pelo menos US$ 1.500).

O prazo de abertura da empresa pode ocorrer em uma semana, no máximo em três.

Há diversos tipos de vistos para empreendedores brasileiros se estabelecerem em solo americano, mas o EB2–NIW (National Interest Waiver) é o mais tradicional. É preciso comprovar mais de dez anos de experiência no ramo em que quiser atuar e ter um planejamento convincente para que seu negócio seja considerado viável na economia americana.

Uma exceção menos burocrática é o visto EB-5, perfeito para quem tem pelo menos US$ 1 milhão para investir na empresa e pretende gerar no mínimo 10 vagas de emprego logo de início.

Japão

Recentemente, o Japão tem se mostrado mais receptivo a vistos para empreendedores estrangeiros que decidam residir no país.

Se você for brasileiro e aluno de uma universidade japonesa, já pode contar com incentivos do governo para estender seu visto após terminar os estudos e, então, abrir o seu negócio. O capital inicial requerido são 5 milhões de ienes em conta bancária.

Para os residentes no Brasil, é necessário solicitar um visto de Business Manager.

Ele tem validade de 4 meses e, nesse período, o empreendedor tem a tarefa de conseguir um endereço fixo para estabelecer sua moradia e sua empresa, assim como solicitar linha telefônica e abrir conta bancária no país.

França

A França é o terceiro país mais procurado por aqueles que buscam vistos para empreendedores, o que pode ser explicado pela parceria de longa data que os dos países nutrem quando o assunto é comércio.

Para começar, procure o Consulado da França.

É imprescindível que você tenha uma experiência profissional no ramo desejado de pelo menos 5 anos e que não haja nenhum problema entre você e a Receita Federal brasileira, senão seu visto será negado.

O capital inicial requerido é de € 30 mil (Euros).

Você também deve detalhar ao Consulado o seu plano de negócios, com o passo a passo da viabilidade do seu projeto, e comprovar que seus rendimentos anuais são de pelo menos € 18.654,96 (Euros).

Canadá

O Canadá é um países que mais oferecem vantagens para quem procura vistos para empreendedores.

Provavelmente, por conta do programa Startup Visa, que permite que até cinco sócios sejam incluídos no mesmo visto!

Assim como as famílias desses cinco empreendedores. O “porém” são as exigências: o governo do Canadá privilegia imigrantes com grande capital ou que sejam extraordinariamente inovadores.

Como nos outros países mencionados, você precisa ter um bom plano de negócio, mas não apenas isso: é preciso que você seja chancelado por uma empresa canadense que seja vinculada ao governo de lá.

Você ainda precisa comprovar que pode se manter no país por 1 ano sem depender dos rendimentos da sua empresa, tendo um valor de CAD $ 12.960 (dólares canadenses) em conta bancária. Se pretende ir com seu cônjuge, esse valor sobe para CAD $ 16.135.

Espanha

Caso o país escolhido seja a Espanha, você precisará ir até o Consulado da Espanha e solicitar seu visto de residência para empreendedor.

Se o seu capital for de menos de meio milhão de Euros e sua intenção não for investir em ações de dívida pública ou no ramo imobiliário, tenha em mente que seu plano de negócios deve priorizar algo que vá contribuir extraordinariamente para a sociedade espanhola, principalmente gerando empregos na região em que sua empresa estiver instalada.

Requisitos importantes são não ter antecedentes criminais e não ter sido banido de nenhum país do Espaço Schengen.

Você também deve comprovar que possui condições financeiras de se manter e empreender no país (€ 2.200 mensais + € 500 por dependente).

Reino Unido

Conhecido como Tier 1, o visto tradicional para empreender no Reino Unido exige que o empreendedor tenha pelo menos £ 200.000 investidos em alguma empresa do país, além da comprovação de que ele consegue se manter no país com seus rendimentos.

Após um prazo de 5 anos, o empreendedor pode requerer o visto permanente e, após mais 1 ano, solicitar a cidadania britânica.

Se seu capital for menor que isso, você pode tentar o Innovator Visa (capital inicial de £ 200.000) ou o Startup Visa (sendo chancelado por alguma empresa do Reino Unido). Essas duas últimas modalidades estão condicionadas a negócios de potencial inovador e que signifiquem vantagens para os cidadãos britânicos.

vistos-para-empreendedoresBélgica

A Bélgica emite vistos para empreendedores autônomos, o que a torna um destino atrativo para aqueles que são microempreendedores individuais (MEI) no Brasil, por ser absolutamente nada burocrático para empreendedores digitais e mesmo nômades digitais.

É fundamental solicitar um Visto D.

Uma curiosidade desse processo de visto é que ele pede um atestado médico em francês ou neerlandês que esteja em conformidade com as leis belgas; esse serviço é gratuito se agendado pelo Consulado da Bélgica no Brasil.

Ainda será requerido um atestado de antecedentes criminais.

A Bélgica não exige conta empresarial, apenas de pessoa física, e seu visto sequer é exigido de cidadãos brasileiros, caso a ideia seja permanecer lá por menos de 90 dias.

À parte isso, você precisa ter um passaporte, comprovar que tem condições financeiras de permanecer no destino, emitir seu Certificado Internacional de Vacinação, checar com sua companhia aérea a liberação do visto e ter o seguro-saúde obrigatório.

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